Noites seladas
Que caem dos meu lábios
como coisa pouca
Ou noites inóspitas
O colar destas brasas
E desse sangue
Me trouxe o espelho.
Um espelho vermelho,
Vejo minha ardência
E meu quietar.
Terei uma vingança
E um ato
E um projeto
O trajeto
Das nascentes amarelas
Do sal e do sol.
Imagem invertida
Para percorrer
Tais campos e tais dias
Vampiros e buracos negros
A luz da anã branca
Pode me cegar ou salvar,
Ou salvar
Salva-ti
E suspira-ti
A ti
Tais lagos e
Tais vozes
Não fazem mais do que estremecer.
São umas noites limpas
De sonhos e memorias,
Hoje a voz e a garganta
Enfurecidas
Querem cortar a vela desse vale.
Se a lua não fosse
Bendita
Seria triste e branca
Sol sem meio dia.
A meia noite sei que me esperas.
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