No principio ela quis o corpo.
Toda ela era volúpia,
Calor e movimento.
Ele acompanhava-a, inebriado,Transpirado. Entre os risos dos afetos,
Ela foi-lhe descobrindo a alma.
E logo se encontrou,Enraizada no interior do homem,
Nos redutos da pessoa. Porque ele já a tinha absorvido
Bem para além da matéria.
Deixou-se então acompanhar,
Enamorado de coração, Seduzido.
E ela, quanto mais o sabia,
Mais o amava. Porém,
Perdia-se em escola de Platão
Em contemplação de céu e paraíso,
E já não conjugava a sedução.
Só lhe queria a alma…
Ele procurava-a em paixão,
Desacompanhado, triste, Sangrado.
Entregara-se completo:
O integral e não a soma das partes.
E ela tinha-o apenas por anjo.
Matara o corpo, matara o homem…
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