Google+ ††Mistery Rosanegra & CaVeira††: Veneno

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Veneno

Sou a serpente que no deserto se esgueira
Afundando-se na areia cálida do próprio desespero
E implorando pela Luz que lhe fora negada,
Fez pactos com deuses corníferos
Em uma constante tempestade de iniqüidade
Contra os inimigos de sua divindade
Que no longínquo alvorecer de sua insanidade
Estão permeados pelo ódio incandescente
Bradando aos quatro ventos sua vingança póstuma
Para com as gerações vindouras da sedenta serpente

Sou a brisa gélida que espreita catacumbas
Vagando certeira, buscando moribundos
Que antes mesmo de se retirarem para as tumbas
Sentirão arder na carne a perdição de mil mundos!
E quando, tolos, acordarem para a verdade crua
Terão se perdido em minhas revoltas
Amargurando sua profunda solidão, pela rua
Rasgando seu Eu em pedaços, em torturas penosas

E quando, em tua hora última sentires a dor
Estarei lá, esperando por tua voz
Que sem esperança clamará ao ardor
Por piedade nas garras desse algoz!

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